Planos de saúde querem limitar tratamentos para autismo: um dos argumentos utilizados é que os custos superam câncer, mas nada mencionam sobre os lucros bilionários.
Os planos de saúde, em sua busca por maximizar os lucros, têm recorrido à divulgação reiterada de uma suposta superioridade nos custos de tratamentos para autismo em relação aos gastos com câncer. Esta justificativa, embora aparentemente embasada em dados financeiros, revela-se suscetível a críticas quando submetida a uma análise mais detalhada, configurando-se, no fundo, como uma estratégia para reduzir os tratamentos a serem custodiados pelos planos de saúde. Em primeiro lugar, é crucial destacar que a comparação direta entre os custos do tratamento do autismo e do câncer é simplesmente simplista e, em muitos aspectos, enganosa. Enquanto o câncer frequentemente exige intervenções médicas complexas e de longo prazo, o tratamento do autismo envolve uma abordagem multidisciplinar que pode incluir terapias comportamentais, ocupacionais e educacionais, entre outras. Portanto, reduzir os tratamentos para o autismo com base em uma mera comparação de custos seria desconsiderar a complexidade